Yoga, perfeccionismo e procrastinação
O Yoga ensina a ser corajoso e a agir, mesmo com medo. O Yoga é a prática de fazer, mesmo quando não apetece.O Yoga pode ser o remédio para o perfeccionismo, a mentalidade do 8 ou 80, e a procrastinação.
O Yoga mostra que não precisamos de ser perfeitos, e que não faz mal falhar. Porque quando tentamos e mesmo se falharmos, aprendemos algo sobre nós mesmos. Lembra-nos que falhar não significa que somos falhados, até porque todos falhamos nalguma coisa! Para conseguirmos fazer algo com competência, rigor, conhecimento e experiência, implicará falhar. E o mais importante é o que fazemos com esses erros, as lições que retiramos das nossas experiências, o que decidimos sobre quem queremos ser, e os passos que damos a seguir.
Aquele que não faz porque se chama de perfeccionista, fica preso no medo de se expor, ou de não ser suficiente, capaz, bom, ou receia tornar-se um alvo de critica, julgamento, rejeição, etc. O Yoga sublinha a importância de ser vulnerável, e que isso nunca significará que somos fracos, é exactamente o contrário porque a vulnerabilidade implica coragem.
O Yoga é um caminho de progresso face ao conhecimento e à superação das nossas crenças, padrões e medos. O Yoga usa a atenção no momento, e por isso aprendemos que a mudança que desejamos começa cá dentro. E a mudança nunca é feita no passado nem no futuro, mas no presente.
O Yoga que eu ensino deriva da tradição dos meus queridos professores que acreditavam que uma prática regular, feita sem grandes interrupções e por um longo período de tempo, é capaz de transformar a nossa vida. O Yoga dos meus professores, e dos professores dos meus professores, numa linhagem longa, antiga, feita por muitos mestres, sábios e estudiosos, não procura o prazer momentâneo, nem serve para ser mostrado aos outros. É uma prática poderosa, forte, interna e pessoal.
Para encontrarmos este poder interno precisamos de confrontar-nos com as nossas ideias perfeccionistas e com os nossos momentos de procrastinação. O Yoga convida-nos a estar atento a nós mesmos, ao que sentimos, o que pensamos, como agimos. Sim, isto dá trabalho, e não há milagres nem soluções rápidas, mas o resultado é tornarmo-nos mais responsáveis, intuitivos, conhecedores de nós mesmo, enraizados e alinhados com o nosso presente, e por isso capazes de tomar melhores decisões.
Em última instância, o Yoga cria liberdade porque aprendemos com os nossos erros, focamo-nos no progresso invés da aparência, do medo disto ou daquilo, para continuarmos dar os passos certos rumo à vida que queremos para nós mesmos.
BOAS PRÁTICAS
