Porquê cozinhar?!

Eu estou novamente cheia de inspiração para cozinhar! Acima de tudo ando empolgada com o exercício de cozinhar, juntar ingredientes, testar receitas, verificar conjugações de alimentos, inovar na forma como as confecciono e depois, bem depois, executo a 2ª parte desta experiência, que é analisar como digiro, e quais as reacções no meu corpo e na minha mente.

Todos sabemos que o que comemos tem uma forte influência na nossa energia interna, então há que realmente perdermos (ou ganharmos) tempo e testarmos, começar por receitas simples, guiarmo-nos pela nossa maravilhosa intuição, conjugar inteligentemente os alimentos, munirmo-nos de perícia, sensibilidade para criar comida simples, saborosa, nutritiva.

Talvez nem sempre resulte, mas nada como voltar a tentar outra vez! E se são daqueles, que não o fazem porque afirmam para vocês mesmos e para o mundo, que não têm tempo. Saibam que é mesmo uma questão de organização, se não conseguem cozinhar antes do almoço porque estão longe de casa, então criem as vossas refeições à noite, depois dos miúdos já estarem na cama, como se fosse o vosso exercício de meditação. E terão como resultado marmitas cheias de comida boa, para vocês e para as vossas crianças,  que serão tão diferente do que comem nas cantinas dos vossos empregos, ou nas escolas.

Importante mesmo é começar, não esperar por amanhã, por daqui a uma semana, ou só no próximo mês. Que tal aproveitarem o fim-de-semana para organizar as vossas despensas? Irem às compras, aos mercados locais como o de Sábado de manhã, comprar itens de qualidade, frescos e da época, adquirirem uma variedade de produtos, para que depois os possam utilizam toda a semana.

Eu vou uma vez por semana a um mercado que frequento há mais de 10 anos, venho de lá cheia de vegetais como  cenouras, beterrabas, couves variadas, espinafres, alface, abóboras, trago fruta da época como maçãs e peras!  E faço  semanalmente a selecção de alguns produtos que já não temos na despensa, como os  cereais – arroz integral, millet, cuscus, trigo sarraceno, e também não deixo faltar na nossa cozinha, os feijões, grão, lentilhas, as sementes e oleaginosas,  como as sementes de sésamo, as nozes e avelãs, porque utilizo-as com frequência para polvilhar os meus vegetais ou cereais, e os frutos secos servem-me para alguma receita de pequeno-almoço ou lanche da tarde.

Para mim a melhor altura para cozinhar é quando volto a casa,  a seguir a ter ensinado a aula da manhã e ter praticado, chego já com alguma fome, mas guardo a vontade, e encho-me de inspiração para criar pratos que vão nutrir-me por dentro. Como ensino ao final do dia e deito-me muito cedo, acabo por jantar apenas  uma sopa e mais alguma coisa. Então a “refeição mestre” cá de casa, é o almoço. Vocês tem de perceber como é o vosso dia-a-dia, e o que melhor funciona com vocês e com a vossa família. Outra coisa que funciona cá em casa, é que cozinho alguns itens a mais, como as sopas, os cereais, e assim fica garantido mais uma porção para o jantar da minha filha, ou seja fazendo pequenos truques de organização, poupamos algum tempo e temos refeições mais inteligentes, saudáveis e ricas em energia.

Tentem! É só organizar as compras semanalmente, e efectivamente cozinhar até terminarem todos os produtos que compraram.  Eu só volto ao mercado, quando já acabei com tudo o que comprei na semana anterior, e tenho o resultado espectacular de não estar a comprar em demasia, ter produtos frescos e com vitalidade, e produzir refeições que ajudam a manter o meu corpo activo e a minha mente em paz.

BOAS PRÁTICAS

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