# The spike story – for simplify our lives

Durante a palestra sobre “DESCOMPLICAR” no Inspiring Mornings de ontem, a Sofia Castro Fernandes, do reconhecido “Ás nove no meu blog”, contou-nos uma história, a do prego. Era algo assim –

Havia um homem que ao passar num caminho, reparou que num terraço de uma casa estavam dois velhinhos,  a senhora sentada numa cadeira de baloiço, o senhor na outra cadeira ao lado, os dois pareciam calmos e serenos, e no chão, no meio deles, um cão gemia e gemia sem parar. O homem ficou alguns instantes a observar sem perceber as reacções do casal de velhinhos, que continuavam tranquilos apesar do ar aflito do cão. No dia seguinte, o homem voltou a passar na mesma casa e mais uma vez encontrou o cenário da tarde anterior, os velhinhos sentados, a senhora a baloiçar-se na cadeira, o senhor a ler o jornal, e o cão no meio deles, a gemer e a gemer, tamanha aflição. O homem  não percebia as razões porque é que o casal não fazia nada para aliviar as dores visíveis do cão.  Ele voltou nos dias seguintes e em todos, sucedia o mesmo. Até que decidiu aproximar-se e dirigir-se à senhora, perguntando o que tinha o cão, porque todos os dias passava ali e o pobre animal gemia sem parar. A senhora respondeu-lhe na voz carinhosa de alguém que já cá anda há muitos anos, “Pois ele geme porque está deitado em cima de um prego, mas parece que não lhe doí o suficiente para ele se levantar!”

A Sofia contou-nos isto, porque  muitas vezes andamos para aqui a lamentar-nos, “ai isto, ai aquilo, ai se fosse assim, ai se fosse de outra maneira”, mas mesmos com todos os “ais”, continuamos a pensar, sentir e agir da mesma maneira. Ás vezes só ao centésimo “ai”, é que lá entendemos que é preciso levantar as costas dos pregos da nossa vida, e mudar de lugar. É preciso descobri o que queremos para nós mesmos, fazer as perguntas certas, respondermos com sinceridade, e sem receios, darmos passos rumo ao que queremos. Em cada troca de perna e pé talvez seja necessário ir simplificando ou “descomplicando”, dando pontapés amigáveis na velha preguiça e em tudo o que nos puxa para mantermos os antigos padrões de pensamento e comportamento, todos aquelas vozinhas internas que nos dizem “não és suficiente”, “não mereces isso”, “não tens o que é preciso”, e tantas outras que são verdadeiras armadilhas à nossa auto-estima, cantigas antigas que ouvimos em algum momento da nossa vida, e que passámos a repetir para nós mesmos num alargado leque de situações, e que foram moldando a nossa forma de viver.

É preciso estar atento à qualidade dos nossos pensamentos, ir despedindo-nos dos limitadores, dos castradores, limpando e arejando com lufadas de ar, energia e inspiração, como com uma aula de Ashtanga Yoga, uma palestra da Sofia, um showcooking com a Joana Quirino,  ou apenas uma olhadela nuns bonitos Moleke, e com optimismo e fé, darmos passos de gigante, rumo ao que queremos para nós mesmos.

Mas não é a Sofia Castro Fernandes com as suas palestras maravilhosas e a sua energia única, nem a Joana Quirino com as suas dicas na alimentação, ou eu com as minhas aulas de Ashtanga, nem tão pouco a beleza dos artigos da Moleke ou Mimimoon, que faremos o trabalho por cada um de vocês. A inspiração chega-nos de todos os lados, se estivermos abertos a isso, e depois, há que tomar decisões, entender o que funciona para nós mesmos, e começar ou recomeçar. Não pararmos porque fica difícil ou porque é aborrecido, ou porque afinal é mais lento do que prevíamos. Saírmos dos lugares físicos, mentais e emocionais onde estivemos sentados ou deitados, e que não têm trazido qualquer alegria à nossa existência, e darmos os passos para recuperarmos ou finalmente encontrarmos, amor, compaixão e felicidade dentro de nós mesmos.

BOAS PRÁTICAS

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