# WHEN IT SEEMS THAT EVERYTHING GOES WRONG

Sabem quando andam numa fase que tudo parece que corre mal? E quando acham que já aconteceu tudo,  ainda surge mais um episódio, para complicar um pouco mais?! O que fazer? ! Para mim a melhor opção é começar com a prática no dia seguinte, estender o tapete, colocar o negativismo de parte e esticar o corpo para livrar-me da energia das horas, dias, semanas ou meses anteriores que têm colocado a minha paciência, felicidade e foco em causa. Esticar o corpo o mais que posso, para o sacudir para todos os lados, e ver, se com o movimento também a mente salta cá dentro, para mexer a forma como tenho pensado e sentido,  para posteriormente conseguir alterar o rumo dos meus dias.

Mas às vezes parece que nada depende de nós, mas que é o Universo que decidiu brincar connosco, colocando tudo em modo de teste. E quando achamos que superámos uma coisa, logo surge outra para voltarmos a sentirmo-nos à prova. A paciência foge de nós mesmos, a calma também, sentimo-nos mais enervados, perdidos e menos positivos. E extremamente cansados!  Mesmo assim volto sempre a subir ao tapete, e depois do Mantra inicial, peço ajuda ao Universo, insisto em agradecer onde estou, mesmo quando onde estou, é como este momento, sentada no chão à porta de um quarto, com este computador no colo, enquanto lá fora chove a potes, quando já só queria era estar a dormir, porque são 2h da manhã, mas o sono fugiu-me  fruto de um jet lag nunca outrora vivido! Ou como ontem, depois da primeira surfada da viagem, onde a minha mente decidiu mais uma vez colocar à prova o meu medo, e onde após ter feito algumas ondas, decidi  remar o mais rápido possível para fora de água, antes que entrasse o próximo “set”. Porque as ondas aqui têm muito mais força, porque e porque tantas outras razões, que já nem me lembro, mas que foram o suficiente para me colocar de frente com o medo, e depois de tentar resistir, lá me vi a render-me, e sair dali para fora o mais rápido possível.  Mas isto que descrevo não foi assim tão perigoso, o mar não estava nada de especial, foi apenas a mente a testar-me! E com todo o Yoga que já pratiquei, com destreza física no corpo, com conhecimento da respiração, com toda a vontade em superar-me, acabei por ter de virar a prancha e  dar aos braços para chegar cá fora. Mas quando tudo pareceu que tinha corrido mal, os Deuses desta ilha quiseram rir mais um pouco, e já estava a caminhar pela areia, com a prancha mágica do Jo nas mãos, para a ir poisar, quando não sei como, ela foge-me dos meus dedos e decide aterrar contra a rocha à frente. Fiquei parada a olhar para o cenário, prancha mágica que me tinha sido emprestada, e que eu tinha acabado de originar uma bela de uma mossa. Olhei para o céu e disse, “não queres mais nada?!” Mas o Universo anda mesmo a gostar de me ver no papel de dramática, e deixou passar mais umas horas, especificamente um dia, até agora, que são 2.30 da manhã e aqui estou eu, mas continuo, talvez estupidamente, confiante, que amanhã, mesmo cheia de sono, lá volto a estender o meu tapete e cá estarei a praticar o meu Ashtanga, com o sonho que a prática vai sacudir-me por dentro e com isso levar para longe momentos menos felizes.

Os exemplos que redigi são assim em género de comédia romântica, mas na realidade existem fases que invés destes, parece que nos acontecem outros bem mais sérios, mais complicados, difíceis de digerir, especialmente de superar, mesmo nesses, continuo a achar que o melhor remédio é esta prática, ir lá para cima do tapete e mexermo-nos com a respiração, deixando que as posturas limpem o nosso corpo e cheguem à nossa mente, para ganharmos fé e garra interna que dias melhores chegarão! Só precisamos de relembrar que acontece a todos, dias menos bons, momentos menos felizes, acasos, circunstâncias, coisas da vida, etc… A única coisa a fazer é tentar sairmos do círculo de “azar” e mudar de direcção, a maior parte das vezes, basta começarmos pela nossa atitude e tudo se altera!

 

BOAS PRÁTICAS

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