Voltar, muitas vezes, aos lugares onde sou feliz.
Eu não sou muito dada a superstições e tenho como um dos lemas de vida, o de voltar, muitas vezes, aos lugares onde sou feliz!
E por isso há uns meses atrás falei com as minhas duas amigas que são também praticantes de Ashtanga, para planearmos um fim-de-semana que iria juntar tudo aquilo que eu mais gosto, família, os amigos, a prática do meu coração, o Ashtanga Yoga,Sul de Portugal, praia, surf, e dias longos de conversas, partilha e gargalhadas. Desenhamos o nosso plano de mini-férias repleto de tons de verão, onde eu teria a oportunidade de voltar a praticar com meu primeiro professor de Ashtanga Yoga, o Tarik, e de o apresentar a estas minhas duas grandes amigas, mas ainda de estudarmos com a sua mulher, a Lea, e outro professor, que eu conheço há mais de 10 anos, o Matt Corigliano. O nosso plano era tão especial, que atraiu os outros amigos que não praticam Ashtanga, e acabámos por ser 8 adultos, 3 crianças e uma cadela! E lá fomos rumo ao nosso querido Alentejo para um fim-de-semana de dias longos de praia, com práticas de Yoga boas e intensas, caminhadas à beira-mar onde cada passo foi assinalado por mais uma história contada entre amigas, mergulhos no mar frio que congelaram o corpo mas nutriram a alma, almoços feitos fora de horas debaixo dos guarda-sóis, sestas a meio da tarde, com bebés, adultos e cadela incluídos, e tudo aquilo que costuma fazer parte das memórias boas desta estação do ano.
Eu, a Isabel e a Anna, acordámos mais cedo que os restantes, para participarmos no Workshop daquele trio de professores. E logo no primeiro dia que entrámos na sala de prática, percebemos que estávamos em casa, porque a boa energia que pairava por todo o lado, era nutrida pela inspiração que aqueles professores forneciam a cada um dos praticantes. Foi tão bom ver as minhas amigas a serem dirigidas na prática pelo Tarik, a Lea e o Matt, e como elas absorveram tudo o que eles partilharam, e foi amplamente especial escutar as dicas e os seus conselhos de modo a aprofundar as minhas posturas. No segundo dia acordámos bem doridas, o corpo queixava-se por ter sido ajustado de outra forma, que exigiu consciência e uso de músculos que até então estiveram adormecidos. Fizemos a viagem matinal até à escola de Yoga, a dizermos umas para as outras que parte de nós mesmas nos doía, mas não foi por isso que deixámos de ir, e lá subimos ao tapete para darmos o nosso melhor respeitando o que sentíamos – todas aquelas maleitas musculares, a falta de força e a sensação de o corpo não quer dobrar ou esticar! Mas fizemos o que conseguimos, e terminámos de coração cheio de alegria, e vontade de voltar a estudar com eles durante muitos mais dias.
Sim, há que se voltar, muitas vezes, aos lugares onde somos felizes, e trazer connosco a nossa família e amigos!