Quando é que mudas de mentalidade?
Sim, sou mãe, e adoro ser mãe, mas também amo o que faço noutras áreas da minha vida!
Será que isto é errado? Será que depois de termos os nossos filhos podemos continuar a gostar de trabalhar? Ou que as mulheres, que são mães, podem investir tempo na sua profissão, ou lutar com unhas e dentes para manter um estilo de vida com actividades que as fazem mais felizes, vivas e realizadas para além de cuidar dos seus filhos?
Ou será que o certo, é exactamente aquilo que sinto que é um verdadeiro preconceito, e que ainda dita a vida de tantas mulheres, que se vêm com os filhos nos braços, sem hipóteses de os deixarem com ninguém, muitas vezes a verdadeira consequência de vivermos tão isolados nas cidades, sem família por perto, sem uma comunidade que nos ampare.
Talvez eu esteja errada, mas o que sempre disse para mim mesma, muito antes de eu estar grávida da Concha, é que não viveria de acordo com este tipo de mentalidade. E que quando eu fosse mãe, que continuaria praticante de yoga, professora e todas as outras categorias que me fazem feliz, porque com muito trabalho, organização e foco, mostraria aos meus filhos, que ser mulher, e ser mãe, não significa que tenhamos de abandonar os nossos sonhos.
Sabem o triste preconceito “eu aprendi que eram as mulheres que ficavam em casa a cuidar dos filhos, não os homens!” , sim acreditem, ainda há pessoas que pensam e afirmam frases deste género, e muitas vezes, são as mesmas que se mascaram com ares de liberais e de gente cool, de bem com a vida, que até parece que cuida dos filhos em igualdade com os seus companheiros.
As mulheres como eu, que são mães, e que trabalham com dedicação, que investem na sua profissão, que amam o que fazem, não são menos maternais, menos mães, que aquelas que estão em casa por opção, ou todas as outras que até gostariam de ter tempo para fazerem algo por si, mas que infelizmente não contam com nenhuma rede de apoio. É triste que ainda hoje, em pleno 2018, com tanta mulher a mostrar o que vale nas mais variadas áreas profissionais, que continuem a serem julgadas como mães por não estarem em casa 24h a cuidar dos filhos.
As mentalidades mudam-se se quisermos, se cada um de nós se trabalhar internamente, conseguimos uma sociedade onde ser mulher e mãe, será sinónimo de gente bem consigo mesmo e feliz, a educar os filhos para lutarem pelos seus sonhos, apesar das dificuldades, desafios ou resistências.
Quando é que mudas de mentalidade?
E quando é que existe realmente igualdade entre os homens e mulheres? Quando é que nós, mulheres, podemos realmente ser livres, apesar de sermos mães, para seguirmos os nossos sonhos?