FERIDA ABERTA
Ferida aberta que é tantas vezes escondida por roupa, estratégias e máscaras para não mostrar aquilo que definimos internamente como as nossas mais profundas fragilidades!
E que por alguma(s) razão (s)aprendemos com vergonha a esconder dos outros, e muitas vezes de nós mesmos! São aquelas que afirmamos cá dentro que talvez tenham vindo connosco ao mundo, ou as outras que percebemos com o passar do tempo, que deixámos que ganhassem espaço no nosso corpo, mente e coração!
São feridas abertas, que sabemos que estão cá dentro. E mais cedo ou mais tarde, com um par de meses, anos ou décadas, as pessoas que nos são mais próximos conseguem facilmente perceber a sua exacta localização. Os maldosos podem usar esta verdade, e atacar ali perto, alimentando-se da dor e da tristeza que provocam. Mas aqueles que nos amam, esses ajudam para continuar a abrirmo-nos, e sem medo livrarmo-nos da vergonha, dos “ses” e “mas”, tocarmos nas feridas para finalmente as limparmos, e criando forma para que possam cicatrizar e curar.
Cabe a cada um de nós perceber quem está ao nosso lado! Os que surgem na nossa vida para magoar e ofender, e os que realmente amam. E entender que apesar de existirem tantas pessoas que nos amam, e existem, elas não são as responsáveis de fazerem os nossos trabalhos internos, esses são apenas nossos! Mas que estão aqui para abraçarem, sussurrarem baixinho um “tu consegues”, ou mesmo gritarem um “acorda e vai em frente”, para abanar com força a nossa pateta casmurrice, ou apego!