Meditação da compaixão
Esta semana ensinei no final de cada aula, uma das minhas meditações preferidas da compaixão.
Senta-te ou deita-te de forma confortável.
Fecha os olhos.
Segue mentalmente o ar a entrar e a sair pelas tuas narinas. Não modifiques a tua respiração, nem tentes procurar reproduzi-la para encontrar algo especial, apenas observa mentalmente e com atenção a tua inspiração e a expiração. E deixas-te estar assim, quieto, enquanto dás a tua máxima atenção à respiração.
Depois visualizas um espelho, e aproximas-te mentalmente dele, para que possas ver com clareza e nitidez a imagem do teu rosto e os teus olhos. Partilhas a tua atenção entre a respiração e a tua imagem reflectida no espelho.
E a olhar para ti mesmo, afirmas de forma simples, concisa e directa, o que é a compaixão. Depois de afirmares a primeira vez, vais repetir mais algumas vezes, procura utilizar uma voz calma, e lentamente escutas cada palavra, e enquanto o fazes, aproveita e observa que sensações são despertadas dentro de ti. Não julgues ou mudes o que aparece, mantém-te neutro para continuares a observar o que acontece em cada momento dentro de ti.
Marca 5 minutos no teu relógio, e experimenta calmamente encontrar o contacto com a tua respiração, e depois sem pressa cria a visualização do espelho, observa-te nessa imagem, e segue mentalmente e sem apego o que vai surgindo dentro de ti enquanto afirmas o que é compaixão. Repete algumas vezes essas palavras, e quando sentires que é o tempo de parar. Fica em silêncio, mantendo o contacto com a tua respiração, e com a imagem de ti mesmo no espelho, atento ao que vai aparecendo.
Para terminar, bastará calmamente voltares os teus sentidos para o que está à tua volta, enquanto conservas a descrição de compaixão, e as sensações que foram despertadas durante a tua meditação, como inspiração para o resto do teu dia.
Experimenta.