FILHA
No dia que a nossa médica confirmou que eu estava à espera de uma menina, acabei nos braços do Jo, em pleno hospital, a chorar!
É que eu tinha a convicção que seria mãe de um rapaz, e nas primeiras semanas eu e o Jo, falávamos de nomes de rapazes, isto porque na realidade eu achava que se fosse um rapaz, que ele iria gostar muito de mim. E se fosse menina, que teria maior conexão com o pai.
Hormonas, medos e inseguranças à parte, foi com lágrimas gordas a escorregar pela cara, e aos soluços, que eu verbalizei os pensamentos e crenças que andavam na minha cabeça, e lá consegui dizer qualquer coisa como, ” se ela é uma menina vai gostar mais de ti!!!”. E o Jo, com paciência de Jo, abraçou-me e riu-se. E a minha mãe que estava ao nosso lado, encolheu os ombros, e abanou a cabeça.
Enfim, passado quase 4 anos, não há qualquer dúvida que ela o adora, mas nós somos umas super companheiras! E seja um menino ou uma menina, o importante é criar ligação com os nossos filhos, respeitar como são, ensinar-lhes a nutrir os seus talentos e a superar aquilo que precisam. E eles têm enorme dádiva, de ensinar a nutrir as nossas capacidades, e a igualmente superar o que precisamos!