COM CORAGEM E FÉ
Chegaste aí abaixo, não foi? Agora inspira, e vem para cima! Pensa positivo, e enche-te de ar, mas também de coragem e fé, e sobe. Usa as tuas próprias pernas, e a pressão dos teus joelhos e pés contra o chão, e vem! Se sentires medo, lembra-te que consegues. E se por acaso voltares novamente para baixo, recorda-te que só tentando, é que lá chegamos a cima!
Se achas que estou a escrever sobre a postura ali de cima, olha que até poderia ser, mas na realidade estou a falar de como darmos voltas, às voltas, da vida! Se andas há algum tempo a sentir-te em baixo, a queixares-te deste inverno, como se o frio fosse o culpado desse estado de cansaço, saturação e desconsolo! Sabe que a tua única opção é mexeres esse teu corpo abençoado, e subir, munires-te de responsabilidade, coragem e fé, e fazer o caminho ascendente para a vida que o teu coração sabe que é a certa.
Vem rápido, ou mais lento, no ritmo que fizer sentido para ti, mas mexe-te!
E se precisas neste momento de alguma inspiração, lembra-te que tudo pode servir-te como faísca para acenderes o foco e a vontade interna, para voltares a caminhar na vida onde te sentes mais equilibrada e feliz. Vem fazer uma aula de Ashtanga Yoga, ou retoma as tuas caminhadas, mesmo que esteja frio e a chover, marca na agenda o dia para aquela conversa com a tua cara metade para finalmente falares do que andas a sentir. Organiza as tuas refeições, volta às marmitas com o pequeno-almoço e o almoço. Reduz o tempo que perdes ao telemóvel. Enfim, simplifica! E depois repara no que acontece no teu corpo, e como a tua mente fica mais calma.
Não há vidas perfeitas, nem processos lineares, e há dias melhores que outros, aqueles que obrigam a maior organização. Não vivemos num mundo cor-de-rosa, de ideais e perfeição, então cabe a cada um de nós, de acordo com aquilo que ressona no nosso coração, de escolher, decidir e agir com franqueza e responsabilidade. E realmente recordarmos que sempre que dermos um passo em falso, ou tropeçarmos e cairmos dois pisos abaixo, que saibamos ter compaixão por nós mesmos, para voltar a encher o peito de coragem e fé, e sem julgamento, nem apego por memórias passadas, ou expectativas futuras, carregarmos firmemente os pés no presente e alimentar aquilo que pretendemos ver crescer!