Cá em casa encontras  homens e mulheres com diferentes idades, corpos e mentes particulares. Mas também com distintas histórias de vida, e que no mesmo lugar, e em horas semelhantes, praticam Ashtanga Yoga lado a lado.

Elas não conversam, muitos deles nem sabem os nomes uns dos outros. Mas aula a aula é tão visível o acréscimo de respeito pelo ser humano, percebe-se que o Yoga abre portas no nosso coração e sacode para fora de nós mesmos, o  ódio, a raiva, a intolerância, a competição, de modo a abraçarmos o significado de compaixão.

Eles praticam lado a lado a poucos metros de distância, não escolhem o lugar, é aquele que calha, é o espaço na sala que estiver desocupado, o que implica por si só uma abertura interessante, que a maior parte das pessoas já não está habituada. São desarmados logo numa primeira aula das suas concepções sobre o seu espaço próprio e o espaço do outro. E são instigados a serem compassivos com meros desconhecidos, e muitos outros exemplos que trazem uma reeducação para uma maior flexibilidade, e não me refiro à do corpo, mas na mente e coração.

Nas aulas de Yoga somos humanamente reeducados a respeitar as diferenças, e saber contrariar e substituir  os sentimentos de concorrência, competição, comparação ou julgamento. Somos inspirados a abraçar internamente uma atitude de aceitação, de paz, e de responsabilidade pelo tipo de pessoa que pretendemos ser e viver.

BOAS PRÁTICAS