# ACCEPTING weaknesses and vulnerabilities, AND MOVE FORWARD

Sobre o tapete é fácil batermos de frente com aquilo que categorizamos como fragilidades  e as nossas mais profundas vulnerabilidades. A maioria dos praticantes quando chegam a esta fase,  e vêem ao longe que aquilo que tão bem esconderam, muitas vezes toda uma vida, e algumas sem qualquer consciência que o fizeram vezes e vezes sem conta, que está prestes a emergir, seja uma emoção, uma sensação, um pensamento que torna em voltar e a voltar, gerando determinado sentimento, decidem largar rapidamente o tapete na prateleira lá de casa, ou optam por arranjar uma desculpa para, pelo menos, não aparecerem na escola nos próximos dias. Mas há ainda aqueles, que depois do que passaram na vida, resolvem que está na altura certa, de levantar os cobertores, abrir portas, ou pelo menos tirar as trancas a uma das janelas internas, para colocam-se de frente para as situações que lhes fazem mais confusão, tensão, desconforto, tristeza, angústia. Libertam-se da crítica e julgamento interno, e também, e desculpem a palavra, “borrifam”, naquilo que poderá ser a opinião dos outros, e iniciam os passos fundamentais para um processo de mudança e aprofundamento. Outros podem descrever e categorizar  como, reencontro de autoestima, ou amor próprio, ou de paz consigo mesmo. E com imensa compaixão, presença e respeito, dão um abraço sincero naquilo que tinham como obstáculos, agradecendo a cada um deles, e passando para a fase de andar para a frente.

Parece fácil não é? Normalmente é um processo que pode levar muitas práticas, muitas lágrimas, muitas tentativas! Não há vidas perfeitas, nem quotidianos imaculados, o que aparece numa foto do Instagram, que pode aparentar imensa harmonia, e serenidade, pode ser o resultado da imagem de muitas tentativas em aceitar fragilidades e vulnerabilidades. Porque há coisas que nos foram passadas quando éramos seres pequeninos, que se fortaleceram desde os primeiros anos de idade, outras ganharam intensidade porque fomos repetindo e repetindo, devido à forma como pensamos e sentimos, e outras nem demos por elas e quando olhamos com mais atenção, percebemos que sempre estiveram ali a um palmo da nossa cara, mas que nós nunca tivemos a capacidade de as observar.  E ás vezes é preciso passarmos por situações que nos colocam exactamente onde temos de estar, mesmo que sejam muito difíceis e magoem abissalmente o nosso Ego, sacodindo as nossas certezas e estruturas mais básicas, para entrarmos numa reviravolta intensa de vontade de transformação, de limpeza interna, de sossego e paz connosco, e com tudo o que nos rodeia.

E aqui mais uma vez entra a prática, para mim é a de Ashtanga, que me ajuda a ter a força interna para ir fazendo as pazes com os meus demónios, fragilidades,  medos e todo um arsenal de emoções que  me deixam vulnerável. E entre respirações, entradas, permanências e saídas de cada postura, cá vou ficando mais presente, mais grata e sinto-me imensamente forte dentro das minhas amigas fraquezas. E depois trago o que aprendo em todas aquelas gotas de transpiração que suo sobre o tapetes, para as outras áreas da minha vida, seja quando entro no mar e me vejo enrolada no meu  medo “bumerange” do tamanho das ondas, ou quando tenho de perdoar alguém e largar as amarras de histórias passadas, e tantos outros exemplos corriqueiros que se atravessam sem pedirem licença no nosso quotidiano, porque em qualquer área da nossa vida, há forma de colocar em prática, a prática de Ashtanga, e acima de tudo, em colocarmos em prática esta coisa de  sim, somos pessoas frágeis, vulneráveis, mas despidos de máscaras, livres de crítica e julgamento seja interna ou dos outros, lá vamos vivendo plenos dentro da vida que queremos para nós mesmos.

 

 

BOAS PRÁTICAS

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