A GENERAL DO YOGA
Há uma década e tal que escuto com alguma regularidade que sou uma “general do Yoga”.
Esta alcunha é oferecida por alguns alunos que frequentam as minhas aulas cá em casa, ou por pessoas que vêm participar nos meus Workshops anuais e nos Retiros. São feitos com as pessoas a sorrir e em tom de brincadeira, e sempre com respeito e com visível carinho pela forma como partilho aquilo que deriva dos meus professores, que exigem foco e disciplina, mas que são conhecedores da arte da compaixão.
Há muito tempo que reparo como esta arte da compaixão é importante no ensino do Yoga, e embora seja exigente nas aulas, há um cuidado de trazer constantemente esta componente ao ambiente da sala. Porque esta é uma prática que implica dedicação, persistência, foco e regularidade, mas por outro leva-nos algumas vezes a fazer viagens internas até chegarmos a lugares dentro de nós mesmos que nem sempre são bonitos, agradáveis e simples, onde lidamos com frustração, medos e uma panóplia de estratégias que tendemos a usar e desenvolver como camuflagem das nossas maiores profundas dores, sofrimento, ansiedade e tristeza. Então se por um lado potencializa a nossa força interna e externa, a nossa fé, a coragem, a capacidade de superação, já por outro, expande a vivência interna de entrega, de vulnerabilidade, de largar de máscaras, medos, onde muitas vezes nos sentimos despidos e frágeis.
É em cima dos tapetes de Yoga, que todos nós, homens e mulheres, damos o nosso máximo a respirar e a fazer todas aquelas posturas, mas esta prática é muito mais que isso, porque leva-nos a entrarmos em processos de paz connosco mesmos.
Exigência e compaixão têm de andar de mãos dadas na prática e no ensino. ♥︎
BOAS PRÁTICAS
